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Blog Canivete

publicado em 14 de dezembro de 2022

O QUE É POLIOENCEFALOMALACIA? – ENTENDA ESSA DOENÇA

A Polioencefalomalacia (PEM) é um termo utilizado para descrever a lesão caracterizada por necrose da substância cinzenta do encéfalo. Onde malacia significa amolecimento e polio remete a região cinzenta do encéfalo. De fato, é importante entender esse termo, que se refere a lesão, a qual pode ser proveniente de várias causas e não a uma doença específica. Com distribuição mundial, esta enfermidade causa perdas econômicas significativas em diversos países.

 

Conteúdo

  • Propagação da doença:
  • Causas e fatores relacionados a doença:
  • Sinais clínicos descritos na literatura:
  • Diagnóstico:
    • Necropsia e histologia:
  • Tratamento:
    • Mantenha-se atualizado! Cadastre seu contato aqui, vamos te informar sempre que sair um novo conteúdo, em primeira mão!
  • Autores:
  • Referências:

Propagação da doença:

A ocorrência dessa doença, na maioria das vezes, não apresenta sazonalidade e pode ocorrer em surtos ou em casos isolados. A raça e o sexo do animal são fatores que não interferem na ocorrência da enfermidade. O coeficiente de morbidade da doença é de 0,02% a 14%, no Brasil.

Quando a ocorrência da doença está relacionada ao excesso de enxofre ou de sal com privação de água, pode haver uma considerável interferência na epidemiologia da doença, uma vez que o índice de morbidade pode ser superior a 10%. Embora em alguns países seja relatada maior ocorrência em bovinos jovens confinados, no Brasil a maioria dos casos ocorre em bovinos adultos criados extensivamente.

 

Causas e fatores relacionados a doença:

Por muito tempo a PEM foi diagnosticada exclusivamente pela deficiência de tiamina (Vitamina B1). Sendo assim, essa suspeita se dá pela presença de tiaminases no rúmen de animais doentes e na recuperação de doentes após o tratamento com tiamina, que pode estar associada a fatores como a ingestão de alta quantidade de grãos e forragem inadequada. Por mais que o distúrbio de tiamina seja considerado um dos principais fatores que acarretam a doença, sabe-se hoje que a PEM em ruminantes possui diversas etiologias.

Os fatores que estão associados a ocorrência dessa doença são:

  • Destruição da vitamina B1 por tiaminases bacteriana (Clostridium sporogenes e Bacillus thiaminollyticus) no rúmen;
  • Deficiência na dieta de bezerros pré-ruminantes;
  • Ingestão de plantas com atividades tiaminolíticas (Amaranthus blitoides, Malva parviflora, Pteridium aquilinum, Marsilea drummondii, Cheilanthes sieberi e Equisetum arvense);
  • Produção de enzimas tiaminolíticas devido ao excessivo consumo de concentrados ou baixa ingestão de volumoso. Fator que mais contribui para ocorrência nos confinamentos;
  • Intoxicação por sal associada a privação de água;
  • Intoxicação por chumbo;
  • Administração de determinados anti-helmínticos (Exemplo: levamisole e tiabendazole);
  • Administração de análogos a tiamina (Amprólio);
  • Ingestão de melaço (associada a intoxicação por enxofre);
  • Transferência de pastagens pobres para pastagens de boa qualidade;
  • Intoxicação por Phalaris;
  • Meningoencefalite por herpesvírus bovino (BoHV);
  • Excesso de enxofre na dieta, sem alterações detectáveis no metabolismo da tiamina.

 

Sinais clínicos descritos na literatura:

Os sinais clínicos da PEM são associados às lesões cerebrais que a doença acarreta. Geralmente os quadros agudos possuem uma evolução média de dois a quatro dias com alta taxa de mortalidade. Já, quadros que não são tão agudos apresentam a possibilidade de recuperação do animal com leves sequelas. Quando a forma da PEM é classificada como crônica, foi relatada uma evolução do quadro clínico em um período de 25 dias. Os animais ficam apáticos, afastam-se do rebanho e muitos são encontrados em decúbito lateral ou esternal. No início da doença, o animal pode apresentar agressividade e excitação.

  • Cegueira, com reflexo pupilar intacto;
  • Head pressing (pressionar a cabeça contra objetos);
  • Opistótomo;
  • Macha em círculos;
  • Nistagmo;
  • Ataxia;
  • Estrabismo dorsomedial;
  • Excitabilidade;
  • Mastigação repetitiva;
  • Fasciculação dos músculos da face;
  • Incoordenação motora;
  • Decúbito lateral

 

Diagnóstico:

O diagnóstico desta doença é realizado com base nos dados epidemiológicos, clínicos, achados de necropsia e histopatológicos. Porém, também pode ser diagnosticado de forma terapêutica, através da resposta dos animais aos tratamentos com tiamina e corticoides. Neste caso podemos enfatizar a importância da realização periódica de rondas sanitárias, umas vez que, através delas pode-se constatar anomalias suspeitas. Vale ressaltar que animais com lesões avançadas podem responder mais lentamente ao tratamento, permanecendo cegos por semanas ou meses.

No caso de polioencefalomalacia associada a outros fatores, o animal não irá responder ao tratamento com tiamina. Portanto, o diagnóstico de PEM pela intoxicação por enxofre deve ser realizado com base na quantidade do elemento presente na água, ração, volumoso, suplemento mineral ou proteico e mineral que o animal teve acesso. No entanto, o teste mais eficiente para o diagnóstico de intoxicação por enxofre, é a determinação dos níveis de gás de sulfeto de hidrogênio na camada gasosa rúmen.

Quando a PEM não está associada a deficiência de tiamina ou ao excesso de enxofre, os meios de diagnóstico mudam. Analisar a concentração de sódio no líquor é uma forma de constatar a intoxicação por sal com privação de água. Já para intoxicação por chumbo, o diagnóstico pode ser feito pela dosagem de chumbo nos tecidos (rins ou fígado).

 

Necropsia e histologia:

As alterações podem ser de difícil percepção, sendo as principais lesões que podem ser evidenciadas no exame macroscópico de necropsia incluem:

  • Encéfalo tumefeito;
  • Achatamento das circunvoluções telencefálicas;
  • Congestão
  • Amolecimento e amarelamento do córtex telencefálico;
  • Focos de hemorragia no tronco encefálico, cerebelo e telencéfalo;
  • Herniação cerebelar.

Na histologia as alterações que podem ser constatadas são:

  • Necrose laminar do córtex encefálico;
  • Lesões degenerativas e necróticas dos neurônios corticais do telencéfalo (encarquilhamento e eosinofilia citoplasmática);
  • Cromatólise;
  • Picnose nuclear (neurônios avermelhados);
  • Edema (aumento dos espaços perineuronais e perivasculares);
  • Espongiose;
  • Hiperplasia das células endoteliais dos vasos sanguíneos;
  • Macrófagos grandes que possuem núcleo periférico e citoplasma vacuolizado (célula de Gitter);
  • Alteração de malacia e edema em estruturas profundas do encéfalo (mesencéfalo, tálamo, núcleos basais e hipocampo).

 

Tratamento:

O tratamento varia de acordo com a causa da doença. Quando associada a deficiência de tiamina, recomenda-se a administração de tiamina e de dexametasona (para o tratamento do edema encefálico) por via intramuscular a cada 24 horas, durante três dias consecutivos. São constatadas melhorias dentro de 12 horas de tratamento, porém, quando o quadro é grave alguns aspectos levam mais tempo para voltar a normalidade, como por exemplo a cegueira. Animais intoxicados por chumbo devem ter a fonte do mineral suspensa, ademais, geralmente não é realizado tratamento.

No caso da PEM associada ao excesso de enxofre, não há tratamento específico e a recomendação é suspender da alimentação do animal a provável fonte do mineral, porém a administração de cloreto de tiamina no início do quadro clínico é recomendada. Quando a causa é a intoxicação por sal com privação de água, é recomendado que a água seja restituída lentamente aos animais.

Algumas medidas profiláticas podem ser recomendadas, se destacam: manter o fornecimento constante de água para os animais, principalmente quando estão ingerindo sal branco ou suplemento mineral; não agregar enxofre ao sal mineral, exceto em épocas de estiagem quando as pastagens podem estar deficientes nesse mineral; realizar adaptação ao consumo de concentrado de concentrados em animais criados em condições intensivas.

Quando esta enfermidade ocorre em forma de surto é importante identificar a causa, a fim de prevenir o surgimento de novos casos.

 

É importante contar com um médico veterinário para o diagnóstico e tratamento da doença.

 

Mantenha-se atualizado! Cadastre seu contato aqui, vamos te informar sempre que sair um novo conteúdo, em primeira mão!

 

 

Autores:

Paulo Henrique Jorge da Cunha, Professor Dr. Clínica de Ruminantes – UFG

Kátia Rocha Tonhá, Pós-Vendas na Nutripura, médica veterinária com especialização em clínica e cirurgia em grandes animais pela UFG.

Mariana Colli, analista de Marketing na Nutripura, Engenheira Agrônoma pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP).

 

Referências:

LEMOS, R. A. A.; RIET-CORREA, F. Outras doenças: Polioencefalomalacia. In: RIET-CORREA, F.; SCHILD, A. L.; LEMOS, R. A. A.; BORGES, J. R. J.; MENDONÇA, F. S.; MACHADO, M. Doenças de ruminantes e equídeos. 4 ed. São Paulo: MedVet, 2023.

DA CUNHA, P. H. J.; BANDARRA, P. M.; DIAS, M. M.; BORGES, A. S.; DRIEMEIER, D. Surto de polioencefalomalacia por ingestão excessiva de enxofre na dieta em bezerros no Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 30, p. 613-617, 2010.

DA CUNHA, P. H. J.; BADIAL, P. R.; CAGNINI, D. Q.; OLIVEIRA-FILHO, J. P.; MORAES, L. F.; TAKAHIRA, R. K.; BORGES, A. S. Polioencefalomalacia experimental em bovinos induzida por toxicose por enxofre. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 31, p. 41-52, 2011.

WITHOEFT, J. A.; BONATTO, G. R.; MELO, I. C.; HEMCKMEIER, D.; COSTA, L. S.; CRISTO, T. G.; PISETTA, N. L.; CASAGRANDE, R. A. Polioencephalomalacia (PEM) in calves associated with excess sulfur intake. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 39, p. 376-381, 2019.

 

 

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